30.12.09

Ah, as coisas simples.

O que eu dava para estar a comer crepes e beber chá.

29.12.09

Criancinhas



Cansada das forras brancas cheias de nódoas, das capas amovíveis que se rasgam e passam o tempo fora do sítio, de passar a vida com um guardanapo nas mãos ("J., não ponhas as mãos aí!!!"), um dos meus desejos para o ano novo é um conjunto de cadeiras de refeição para a sala. Sem tecidos!

Natal

Os meus pais chegaram cedo, no dia 23, completamente indiferentes às ameaças de mau-tempo repetido e um mini-ciclone atrás das costas. Eu bem lhes disse que era melhor virem no dia a seguir, de manhãzinha, a salvo do vento e da chuva, mas nada. Tenho cada vez mais medo do meu pai a conduzir. Continua a fazê-lo depressa, mas agora está velhote e distraído. Sinto-me mãe deles, cheia de medos, cada vez que viajam.

Eu e a minha mãe estreámos o primeiro Natal em Lisboa (como gostei, espero que não seja o último) a passear e nas compras, entre o Saldanha e a Baixa. Aparentemente, estava muita gente em casa, a preparar a ceia natalícia, porque não havia confusão nenhuma e foi óptimo.

A luz falhou quando a minha mãe estava prestes a pôr o bacalhau no forno (alternativa feliz a quem não acha grande graça ao bacalhau cozido, e isso inclui-me a mim). Acendi velas pela casa toda, o que deixou o meu pai inquieto ("Mas que exagero, gastas um montão de velas sem necessidade nenhuma!", "Oh pai, deixa lá, fica bonito!", argumento que obviamente não o sensibilizou), e aguardámos mais de meia hora que voltasse. A ideia do jantar de Natal naquela semi-obscuridade confortável até nem seria má, não esperassemos nós a mãe da ex-mulher do meu tio (isso mesmo), senhora de uns 80 anos, num oitavo andar.

Quando o jantar acabou, e uma vez que não havia crianças para exigir a distribuição de prendas, assumi eu esse papel, só para manter a tradição, claro. Toda a gente fez piadas, mas a verdade é que a minha excitação é sempre maior com as prendas que vou dar, que com as que vou receber.

Os meus pais adoraram a moldura digital, apesar de no primeiro momento não terem percebido muito bem a piada de receber uma moldura toda preta e ainda por cima sem foto. A expressão de confusão na cara deles foi qualquer coisa.

Os meus irmãos receberam uns cubos de acrílico com fotografias ("Pois, desde que tens filhos, só nos dás fotos dos teus filhos de prenda de Natal") e eu recebi um perfume (mais um), um vestido e um roupão da hello kitty (sem comentários). O meu irmão deu-me um ferro de passar, e não, não foi por piada, foi porque eu pedi (entretanto o meu ferro antigo parece ter ressuscitado e vou trocar este por um aspirador).

No dia a seguir chegaram os miúdos, eufóricos das prendas recebidas e das prendas por receber.

O resto dos dias passou-se entre muita confusão, comida, doces e o histerismo das crianças. No Domingo à tarde, quando fiquei sozinha, suspirei de alívio.
É uma altura do ano que aprecio muito, mas mais que 3 ou 4 dias disto seria, sem dúvida, complicado.

Agora não me venham falar muito na passagem de ano, que para mim é uma noite como outra qualquer.

22.12.09

Prendas que não me importava de receber



e de dar.

Esta colecção do Público.

Ressaca

Apetece-me tricotar.

21.12.09

E antes que me esqueça


A quem passa por aqui. :)

Domingo

De manhã fui ao teatro com os filhotes e o João. À tarde fechei-me em casa, a preparar os presentes que faltam, até que uma falha de luz me mandou para a cama.
Não andei em correrias de compras de Natal e, no entanto, vou oferecer os presentes todos que me apetecer.

O Natal é como nós o fizermos.

Prendas que não me importava de receber




e de dar. Momentos felizes.

(Cá para mim, estes vouchers foram uma das melhores coisas que se inventaram. Tivesse eu dinheiro e oferecia passeios a toda a gente. Há lá coisa melhor do que passear?)

16.12.09

Filhinho

Meia-noite, estou a preparar-me para me deitar, e aparece-me um filho sonolento no corredor, a pedir mimo. Está tanto frio que não consigo recusar-lhe a minha cama: vamos os dois dormir mais quentinhos. Aninhamo-nos um no outro, braços e pernas enroscados, "Mamã linda", "Filhinho", ai que bom que vai ser, mimo, mimo.

Dois minutos depois, a crua realidade: a adorável criancinha de 4 anos ressona como um adulto. Bonito.

15.12.09

14.12.09

Coisas bonitas





Adoro tudo o que a Rita Cordeiro faz, mas infelizmente nada está ao alcance da minha bolsa. Gosto mesmo que seja só para ver. (Até porque as fotografias dela são o máximo)

Dor-de-garganta, tantum verde e filhos

A dica vem-me do tempo das gravidezes: gargarejar com tantum verde quando a garganta está inflamada e dorida. Resulta sempre. Dois gargarejos depois ("gargarejo" é talvez a palavra mais horrível que existe, até porque me lembra sempre de "cacarejo", outra muito boa) e estou como nova.

Até aqui isto podia ser um simples post do tipo serviço público, mas não foi essa a boa intenção que me moveu. É que hoje de manhã, entre um gargarejo e outro, apareceram-me os dois filhos na casa-de-banho, e não vos consigo descrever as carinhas de surpresa (e até horror, diria), perante o espectáculo da mamã de cuecas, cabeça para trás, a gargarejar ruidosamente.
Melhor só depois, quando viram o líquido verde sair-me da boca.

Muito bom, é o que vos posso dizer.

13.12.09

Todas de seguida





Ilustrações de árvores feitas pela Ana Oliveira e compradas na feira da Estrela, presépio feito e oferecido por mim aos amigos, presépio feito pela I. na escola.

11.12.09

Prendas que não me importava de receber

Uma certificação energética para a minha casa.

Prendas que não me importava de receber


(Agora que tratei das que vou dar)

Uma agenda paperblanks.

11 de Dezembro

Presentes todos tratados, olé.

30.11.09

Gostar do Natal

Os miúdos, entusiasmados, querem mostrar-me os calendários do advento que fizeram na escola, os pais-natais que desenharam, anseiam pelas gavetinhas que vamos abrir todas as noites. Ontem fomos a um teatro, amanhã temos um almoço com amigos, um lanche com outros amigos, e as prendas que vamos oferecer vão chegando.

De manhã quero surpreendê-los com torradas quentinhas, leite com chocolate e um pinheiro cheio de luzinhas a piscar.

Gostar do Natal - eles

J.: "Eu achava que o Pai Natal era uma rena!"
I.: "Não digas isso, senão ele não te dá prendinhas!"

25.11.09

Nó na garganta

Apercebi-me recentemente do realismo incrível desta expressão.

Antes achava que fosse, sei lá, uma maneira gira de colocar a coisa, um eufemismo. Mas não. Quando se diz "era como se tivesse um nó na garganta", a sensação pode ser literalmente essa.

Nó. Na garganta.

Acho até que se se investigasse a coisa, se pudessemos espreitar delicadamente, se descobriria realmente ali um nó, as entranhas torcidas a asfixiarem-nos, como uma coisa que quer sair e não consegue, e se enrola na pressa de escapar, se atropela e se torce na aflição da fuga.

Um nó.

Uma coisa que ocupa espaço e nos comprime por dentro. Nos obriga a respirar devagar, a suster mesmo a respiração, a abrir e fechar a boca, a engolir em seco, a tentar empurrar para dentro.

Talvez o problema seja mesmo esse: não se pode empurrar tudo para dentro.
Depois as coisas formam nós dolorosos. Na garganta ou onde for.

Gostar de bules


(Muito piroso, eu sei)

Daqui.

Prendas

Filhos
Pais
Irmãos
Namorado
Amigos
Família alargada

25 de Novembro. Estou orgulhosa de mim própria.

20.11.09

Amo. ou Música com dedicatória

(Para o J., que me faz sentir em casa)



Here is a song from the wrong side of town
Where I'm bound to the ground by the loneliest sound
And it pounds from within and is pinning me down

Here is a page from the emptiest stage
A cage or the heaviest cross ever made
A gauge of the deadliest trap ever laid

And I thank you for bringing me here
For showing me home
For singing these tears
Finally I've found that I belong here

The heat and the sickliest sweet smelling sheets
That cling to the backs of my knees and my feet
Well I'm drowning in time to a desperate beat

And I thank you for bringing me here
For showing me home
For singing these tears
Finally I've found that I belong

Feels like home
I should have known
From my first breath

God send the only true friend I call mine
Pretend that I'll make amends the next time
Befriend the glorious end of the line

And I thank you for bringing me here
For showing me home
For singing these tears
Finally I've found that I belong here

17.11.09

A propósito do Natal


Quem é que me oferece um calendário-cubo?
Eu, né? São tão giros que apetece mesmo.

16.11.09

Máquina de costura

Comprar foi rápido. Tirar da caixa demorou cerca de meio ano. Já olhei para ela, arrumadinha na secretária, mas ainda não me decidi ao passo seguinte. Acho que vou ver o DVD com as instruções.

12.11.09

Constatação

Os blogs que vou adicionando ao meu feed reader têm cada vez menos palavras e mais imagens.

Gosto muito do blog do Paulo

"Esboço # 74
(Estão sentados na varanda há horas, apenas iluminados pela lua; por vezes passa um carro algures, apressado e ruidoso, recordando que o mundo continua a girar. Conversam preguiçosamente e riem bastante; ou permanecem longos períodos em silêncio, confortáveis e serenos; levantam-se ocasionalmente para renovar as bebidas, para petiscar qualquer coisa, para passar pela casa de banho; mas regressam sempre, como se tivessem decidido permanecer na varanda até amanhecer. Nos primeiros meses do casamento era frequente ficarem juntos pela madrugada dentro, decididos a impedir que o sono os separasse momentaneamente, incapazes de se saciarem da companhia do outro; depois, quando tudo se tornou normal e previsível e rotineiro, os hábitos foram sendo alterados, devagarinho.)
ELE (após um longo período de silêncio): Conta-me um segredo. (Sorri, talvez nervoso ou arrependido.) Alguma coisa que nunca me tenhas contado, algo intímo e secreto e estranho.
(Ela olha-o, um pouco espantada. Estuda o seu perfil, escuta a sua respiração tranquila; pondera o que fazer, quase cede à tentação de mentir.)
ELA (numa voz arrastada e hesitante, apologética): Sabes, daquelas vezes em que te apetece fazer amor e finges não perceber os meus sinais, insistes apesar de saberes que eu não quero, apesar de saberes que não me apetece? (Ele move-se, desconfortável; ambos olham a escuridão.) Quando estás a fazer amor e eu à espera que termines, sabes o que sinto? (Hesita apenas um momento; num tom triste e desencantado.) É como se estivesse a ser violada. Sinto que estou a ser violada por um estranho. E nem posso gritar.
(Ele estremece, chocado; mas não fala, não se aproxima dela. Mantém-se em silêncio, agarrando os respectivos copos e olhando a lua; ambos com vontade de fugir mas incapazes de se moverem.)"


(A gaveta do Paulo)

Vício de programador

Esperar que o intellisense me complete as palavras.

O que realmente me assusta na gripe A

A possibilidade de uma semana inteira enfiada em casa com os miúdos.

10.11.09

Exercício

Sei que é noite porque é escuro, mas nada me situa na imensidão nocturna. Agora é assim. Sem relógio, sem telemóvel, sem despertador. Não suportaria o tique-taque do tempo a passar, a lembrar-me os minutos que foram, os que faltam ser, uma agonia de bocadinhos de tempo infindáveis, tiquetaqueados na minha cabeça, a lembrar-me que estou aqui sozinho. Sem ti.

Sei que a cama começa aqui e acaba ali, fui eu que a comprei, sozinho, quando o espanto e o desespero da tua ausência era ainda um sabor estranho e novo, a subir-me pelo peito e morrer-me na boca, ou então a nascer-me na boca e fugir-me para o peito, não sei bem, às vezes é como se viesse de todo o lado e se espalhasse por todo o lado, amargo, um ardor, uma espécie de azia do coração. Como se o que lá vivia tivesse saído do sítio, um refluxo de sentimentos, a invadir caminhos onde não era suposto estar.

Dizia, sei que a cama começa e acaba. Mas, à noite, é como se não tivesse fim. Como se o colchão se estendesse pelo mundo inteiro, uma imensidão de lençóis gelados. E o meu corpo sente a falta do teu corpo, de tocar qualquer coisa quente e macia, de ouvir outro ritmo que não o seu.

Lembro-me que passava as noites atrás de ti. Dizias que gostavas de dormir no teu canto, mas eu não deixava. Quando a tua respiração adormecia, chegava-me a ti, ao teu canto que depois era o nosso, como se a cama tivesse apenas um lado e não dois, e era lá que eu estava contigo.

Acho que o pior de tudo é este não perceber. Não saber em que ponto foste ficando para trás. Será que algum dia hesitámos ligeiramente no caminho, eu virei à esquerda e tu à direita, e eu não vi, eu não prestei atenção, assumi naturalmente que continuavas comigo, um pouco mais atrás porque nem sempre caminhámos à mesma velocidade. Durante quanto tempo me convenci que estavas ali e não estavas, já tinhas virado a tua vida para o outro lado, o esquerdo ou o direito, que interessa, apenas não o meu.

Quando é que o caminho deixou de ser para ti o que sempre foi para mim, até olhar para trás e perceber o vazio ao meu lado, o vazio atrás, o vazio mais longe onde os meus olhos chegavam e não te viram. Talvez o que a mim me aquecia, a ti te queimasse, o que me fazia avançar a ti te ferisse os pés, o que me impelia a continuar, a ti se afigurava triste e agreste, um sítio onde não querias estar.

E é porque agora olho para trás, e tudo continua na mesma, que não percebo. Continuo a gostar do caminho. Contigo. Mas tu já não estás.

Já escolhi a minha agenda para 2010


Adoro os livros do Planeta Tangerina. E as agendas!

Dá para acreditar nestas janelas e neste soalho?


Amo.

Não sei bem o que deva pensar

Além de telemóveis, viagens e afins, os sponsored links do meu gmail sugerem-me vários psicólogos com experiência comprovada.

9.11.09

Elogio num Domingo à tarde

"Mamã, és a mãe mais especial que já tive!"

6.11.09

Estamos quase no Natal, não é?


Adoro.

Gostar de plantas em casa





Normalmente não sobrevivem muito tempo...

Sonhos

Às vezes, sonho os meus desejos.
Quase sempre sonho os meus medos.

Crescido.

De frente para a sanita, pilinha de fora, para mim:
"Vês? Já não preciso de levantar os pés."

Linda.

"Sabes mamã, eu penso muitas vezes nisso de tu gostares muito de mim. Todos os dias antes de dormir, eu penso que tu gostas muito de mim e vais gostar para sempre."

5.11.09

Desejo a você...

"Desejo a você...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos(...)
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E o carinho meu."

Síntese da felicidade de Carlos Drummond de Andrade

Por outro lado



, também já me perguntei algumas vezes que raio de interesse terá um anúncio idiota como este.
Pergunto-me muitas vezes porque continuo a escrever um blog para quase ninguém além de mim própria. Continuo sem conseguir explicar.

Há qualquer coisa que me impele a guardar aqui bocadinhos dos meus dias, pequenas obsessões, coisas que me fazem feliz.
Enquanto houver algum prazer nisto, olha. Continuo.

4.11.09

Manualidades



Tenho uma máquina de costura enfiada na caixa desde que a comprei, há muitos meses. Vou sempre dizendo que é naquele fds que a vou tirar de lá e nunca acontece. Achei que uma boa estratégia era comprar uns tecidos lindos de Natal. Depois da despesa feita, duvido que a falta de motivação venha a ser problema.

Sugestões (com tutoriais, de preferência) de exercícios simples para os utilizar?

3.11.09

Quatro

Hoje de manhã decidiu que não precisava do degrau para lavar os dentes.

Ó mãe, eu já tenho quatro anos!


Depois constatou, desanimado, que o lavatório estava à mesma altura da noite anterior.

2.11.09

Até há pouco tempo, passava o Inverno inteiro sem calçar um par de botas







Este ano seria uma opção fácil (não tivesse eu aderido ao conforto das botas).
O que não falta aí são sapatos giros.
(Via Bandarra)

30.10.09

A minha filha é a maior fã das mudanças na casa



Mãe, está maravilhosa, adoro!

Olá, sou a Xana e tenho uma hérnia!

O problema de nunca ter tido problemas de saúde, é que a possibilidade de os ter é a estrear, uma espécie de medo novo que nunca experimentei. Já há algum tempo que sentia o alto na barriga ao pé do umbigo, e que constatava a dor suave quando o pressionava. E depois foi ver o medo a instalar-se devagarinho, e eu a tentar ignorá-lo, a imaginar que as barrigas são mesmo assim, com altinhos de vez em quando.

Meses depois, resolvi que não valia a pena ter um medo talvez injustificado e fui ao médico. Quando saí do centro ecográfico, a suspeita do médico confirmou-se. Tenho uma hérnia.

Ou, como disse o J., aliviado, tenho uma hérnia.

"Não quero ouvir falar de Natal antes de Dezembro"

Eu quero.

Ontem fui comprar um kit para os miúdos com motivos natalícios, porque o J. anda numa euforia de recortar e recortar e recortar, e eu comecei imediatamente a imaginar as prendas de Natal que vou produzir com a ajuda deles. E do kit.

Gosto de ter tempo este ano para pensar nas coisas com calma, para comprar os presentes sem pressas, e para idealizar coisas feitas por mim e por eles.

Sei que a euforia consumista do Natal é uma realidade e não o contesto, mas para mim o Natal é apenas um bom motivo para mostrar às minhas pessoas que gosto delas. Porque eu adoro dar presentes. E só depende de mim não o tornar numa euforia consumista.

29.10.09

Más ideias

Ir fazer uma TAC de vestido curto e leggings. A cabeça enfiada numa máquina, em posição desconfortável, e a noção de ter três pessoas com uma visão integral das minhas pernas e rabo.

Fecha os olhos e pensa em coisas agradáveis.

Irmão

Hoje de manhã: "Então, o que é que achas que compre para a I.?".
Resposta: "Podes comprar o que quiseres, mas quem faz anos é o J.!"

Começar o dia logo a rir.

26.10.09

Domingo


Chá à luz de velas.

Mudanças



A minha casa-de-banho tem quadros, uma parede laranja e um cacto.

Ainda me espanto sempre

que chego a casa e me posso simplesmente esticar no sofá.

Vivam os 30

Alexin, TAC aos seios perinasais e ecografia abdominal.
Por esta ordem: azia diária, sinusite e alto na barriga (possivelmente uma hérnia).

And it's all downhill from here.

23.10.09

Amor



Esperar por ele para ver o 3º episódio da série do momento.

21.10.09

Um dia vou ter uma casa com lareira



Estamos parados atrás do camião do lixo e

"O que é que estão a fazer?"
"Porque é que não levam os caixotes?"
blá, blá

"Para onde é que vai o lixo?", e eu: Vai para um sítio onde juntam lixo de vários sítios.

Quase ao mesmo tempo, a I. "É um sítio secreto?", e o J. "Podemos ir lá um dia passear?"

20.10.09

Homem da casa

Uma das coisas que tenho tentado, na minha recém-adquirida condição de mulher que vive sozinha, é fazer as coisas que antes passava preguicosamente ao homem da casa (que o fazia tão bem). Vai desde desentupir canos a trocar lâmpadas e, mais recente, substituir a corrente do chuveiro.

Orgulhosa de mais uma façanha, tento dar um banho aos miúdos e quem leva um banho sou eu. Mas aquilo não é só enroscar e siga para bingo?

É que até me parece

que vou tirar as agulhas e lã da gaveta.

Quase Inverno, ou assim parecia

Acordei era noite cerrada, saí de casa sob forte chuvada, demorei quase duas horas a chegar ao trabalho. E ainda assim, soube-me bem este frio. Apetece estar em casa. E eu gosto outra vez da minha casa.

19.10.09

Conversa de sanita aos 3 anos

"Mamã, o cocó parece chocolate, não é?"

Suspiro.

18.10.09

Leio-lhes a bíblia para os pequeninos (escolha dele) e quando a pouso para levantar a mesa, a I. pega nela e finge ler, com voz cavernosa e solene:

"E eles foram para o paraíso, que era um sítio livre e"
(pausa)
"assustador."

A adorável idade dos porquês

"Mamã, como é que a comida desce pela barriga, cai o para rabo e depois sai?"

J., 3 anos sem pudores.

Xana João Barcelona



Fui a Barcelona e comprei esta saia. Também comprei (ofereceram-me?) um casaco, um fio, uns brincos, três aneis e uma écharpe. Passei muito tempo sentada em cafés ou a fumar cigarros em bancos nas ruas. Não corri. Não acordei cedo. E não vi tudo.
Tirei muitas fotos. Entrei em muitas lojas. Comi tapas. Despreocupei-me. Relaxei.

E percebi que prefiro uma semana de férias descontraída a várias com os tostões mais contados. Agora é provável que só para o ano que vem. Mas não faz mal. Foi tão bom.