De há um ano, dois, para cá, a sensação é de que todas as minhas responsabilidades cresceram.
De repente, sou eu a única responsável pela minha casa, pelo meu carro, pelos meus filhos (semana sim, semana não), e até no meu trabalho sou, agora, responsável por uma série de coisas. Não ter com quem dividir as decisões obrigou-me a afugentar medos, a dar passos pequeninos e a deixar de tentar ver sempre a big picture, para não entrar em desespero. Um dia de cada vez, uma dívida de cada vez, uma decisão de cada vez, um projecto de cada vez. Noto que sempre tive medo de tomar decisões, de me comprometer com elas. Mas ultrapassado o receio inicial sobra, frequentemente, uma sensação de dever cumprido, de ter sido, afinal, capaz. De ser capaz.
Sinto-me agora uma pessoa mais forte. Mas.
Era mesmo preciso isto?
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