"Quando não se tem medo pode-se falar. O vocabulário surgiu por inteiro em momentos de segurança, frente ao inimigo ameaçador o homem é mudo e ágil fisicamente. A urgência do movimento e a paciência do discurso.
As palavras existem porque existe a espera: o antes de. E também o: depois de.
Para contar a história dos actos que já aconteceram surgem as palavras. Antes de e depois de. Durante não. O homem instalado no movimento presente é mudo. Mas tem medo."
Gonçalo M. Tavares
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