10.1.11

Domingo à tarde

Eu, o meu pai, a minha tia, e uma fiada de lã toda torcida. Cada um a puxar, a desenrolar, o novelo a crescer devagarinho. Terminei eu o trabalho, já pela noite dentro, os nós finalmente desfeitos. O novelo perfeitinho e pronto a usar. Mas a sorrir sempre, com a lembrança da frustração do meu pai, a minha mãe a chamar para a mesa, o novelo a crescer devagarinho nas nossas seis mãos.

Devia ser sempre assim, não era? A família a ajudar-nos a desatar os nós.
Porque é que (me) é tão difícil?

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