9.6.10

This is to be done by one skilled in aims
who wants to break through to the state of peace:
Be capable, upright, & straightforward,
easy to instruct, gentle, & not conceited,
content & easy to support,
with few duties, living lightly,
with peaceful faculties, masterful,
modest, & no greed for supporters.

Do not do the slightest thing
that the wise would later censure.

Think: Happy, at rest,
may all beings be happy at heart.
Whatever beings there may be,
weak or strong, without exception,
long, large,
middling, short,
subtle, blatant,
seen & unseen,
near & far,
born & seeking birth:
May all beings be happy at heart.

Let no one deceive another
or despise anyone anywhere,
or through anger or irritation
wish for another to suffer.

As a mother would risk her life
to protect her child, her only child,
even so should one cultivate a limitless heart
with regard to all beings.
With good will for the entire cosmos,
cultivate a limitless heart:
Above, below, & all around,
unobstructed, without enmity or hate.
Whether standing, walking,
sitting, or lying down,
as long as one is alert,
one should be resolved on this mindfulness.
This is called a sublime abiding
here & now.

Not taken with views,
but virtuous & consummate in vision,
having subdued desire for sensual pleasures,
one never again
will lie in the womb.

Karaniya Metta Sutta: Good Will
traduzido por Thanissaro Bhikkhu


Quando era miúda, passei uns dias de férias com uns tios. Os meus primos tinham uma filinha de idades, todos bem mais velhos que eu. Não recordo grande coisa dessas férias, apenas um texto que escrevi no regresso, já em casa. Era qualquer coisa sobre o facto da minha prima de idade mais próxima ser ateia e uma excelente pessoa. Numa infância marcada pelo catolicismo, consigo perceber que a questão me tenha feito pensar. Já nessa altura, era mais fácil para mim entender uma boa pessoa pelos seus actos que pela sua fé ou crença religiosa, e o meu texto infantil era nesse sentido.
Entretanto cresci e continuo a pensar de forma bastante parecida. Acredito que existem boas pessoas e que isso não tem necessariamente que ver com a sua religião, mas mais com os seus princípios morais, com o seu carácter. Também acho que a participação em cultos seja de que espécie for, não faz ninguém melhor ou superior, apenas dá uma ideia da sua disponibilidade e envolvimento nessas práticas. Acho que as pessoas boas, são boas na sua essência e nos seus actos, sem precisarem de se identificar com "tudo o resto". E eu raramente me identifico com grandes manifestações exteriores daquilo em que acredito.

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